pernoitar
Lembras-te dos trocadilhos radiantes que formavam conversas intermináveis corrigindo o tempo pelas horas pegando-nos ao colo quase como uma cedência de passagem até ao inevitável desencontro?
Conversas longas, frases curtas, soterradas pelos ares da noite...
Estendiamos a curiosidade até aos primeiros ruídos da manhã e depois, regressavamos, de bocas seladas para não tropeçarmos na vigilância dos dias. Não é tradicional ver uma mulher beber sozinha, tal como não é habitual sempre que há uma despedida, continuar com coisas por dizer; mas fosse tudo isto normal qual seria o proveito de nos perdermos em boas histórias de registos intemporais?
Sem pensar no que a posteridade guarda está-se a devolver um visto de passagem em debalde - mais uns passos para se aprender a andar; desbotando as anotações reconformamo-nos com o presente, gatinhando sobre grãos-de-areia que nos ofuscam os sentidos.
Olhares cruzados sem cronómetro consomem mil palavras..
Observar-te é preciso, não tenhas pressa.
Lembras-te dos trocadilhos radiantes que formavam conversas intermináveis corrigindo o tempo pelas horas pegando-nos ao colo quase como uma cedência de passagem até ao inevitável desencontro?
Conversas longas, frases curtas, soterradas pelos ares da noite...
Estendiamos a curiosidade até aos primeiros ruídos da manhã e depois, regressavamos, de bocas seladas para não tropeçarmos na vigilância dos dias. Não é tradicional ver uma mulher beber sozinha, tal como não é habitual sempre que há uma despedida, continuar com coisas por dizer; mas fosse tudo isto normal qual seria o proveito de nos perdermos em boas histórias de registos intemporais?
Sem pensar no que a posteridade guarda está-se a devolver um visto de passagem em debalde - mais uns passos para se aprender a andar; desbotando as anotações reconformamo-nos com o presente, gatinhando sobre grãos-de-areia que nos ofuscam os sentidos.
Olhares cruzados sem cronómetro consomem mil palavras..
Observar-te é preciso, não tenhas pressa.
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