make sense of what see
Nunca fui grande entusiasta do tema suicídio. Mais ainda quando toca à visualização do ensaio. Evito os pormenores da ideia, mas esta manhã surpreendeu-me uma revisão do tópico que já tinha passado por mim ha longos anos, na era dos blockbusters às escondidas dos pais, hoje quase como pela primeira vez. Alertou-me para uma cena da qual registo ser um marco em mudar a imagem para cima da banalidade típica da morte fraquejada. Não é fácil ou então tornar-se-ia demasiado ridícula; é arriscada e particularmente muito bem conseguida ao jeito da intensidade. Não pelo cerimónia ou pelo contexto da situação, mas pela forma como está projectada. Os detalhes, outra vez.
Um Harry Nilsson que assina a voz off durante o take com o melodramático Without You, a intensidade dos planos sempre muito fechados, roda a torneira, o robe: despe-se e entra, as velas acesas, uma a uma, os aneis retirados com a maior cautela, dedo a dedo, e a lâmina,: o último objecto menos provável naquele plano e talvez o único que adianta a primeira explicação imediata para o que afinal parece já não ser uma cena floreada como aparentava ou como soa eficazmente num título com "... Atracção" pelo meio.
A ignorada vai perdendo os sentidos com a câmera em simultâneo num meio bastante inspirado pelos corações de E.T e Elliot a fraquejarem em divisões diferentes. Desfoca-se a sequência, a música distorce e a câmera dá a sensação que quase também tomba. Pára a música. Resta a torneira, a pingar. Uma gota, duas gotas... O desfecho num plano geral que acrescenta uma rosa branca forçadamente esquecida do outro braço da banheira a informar que o primeiro acto chega ao fim. E resulta.
Nunca fui grande entusiasta do tema suicídio. Mais ainda quando toca à visualização do ensaio. Evito os pormenores da ideia, mas esta manhã surpreendeu-me uma revisão do tópico que já tinha passado por mim ha longos anos, na era dos blockbusters às escondidas dos pais, hoje quase como pela primeira vez. Alertou-me para uma cena da qual registo ser um marco em mudar a imagem para cima da banalidade típica da morte fraquejada. Não é fácil ou então tornar-se-ia demasiado ridícula; é arriscada e particularmente muito bem conseguida ao jeito da intensidade. Não pelo cerimónia ou pelo contexto da situação, mas pela forma como está projectada. Os detalhes, outra vez.
Um Harry Nilsson que assina a voz off durante o take com o melodramático Without You, a intensidade dos planos sempre muito fechados, roda a torneira, o robe: despe-se e entra, as velas acesas, uma a uma, os aneis retirados com a maior cautela, dedo a dedo, e a lâmina,: o último objecto menos provável naquele plano e talvez o único que adianta a primeira explicação imediata para o que afinal parece já não ser uma cena floreada como aparentava ou como soa eficazmente num título com "... Atracção" pelo meio.
A ignorada vai perdendo os sentidos com a câmera em simultâneo num meio bastante inspirado pelos corações de E.T e Elliot a fraquejarem em divisões diferentes. Desfoca-se a sequência, a música distorce e a câmera dá a sensação que quase também tomba. Pára a música. Resta a torneira, a pingar. Uma gota, duas gotas... O desfecho num plano geral que acrescenta uma rosa branca forçadamente esquecida do outro braço da banheira a informar que o primeiro acto chega ao fim. E resulta.
Duas pessoas passaram mal em pouco menos de cinco minutos.
Eu, que tenho um passe esquematizado para as quebras de tensão, cortes e seringas, ainda não perdi os sentidos nem fraquejei a pensar no que aí vem. Ou é progresso ou respiração a fundo. Contínuo com a mesma cor.
Eu, que tenho um passe esquematizado para as quebras de tensão, cortes e seringas, ainda não perdi os sentidos nem fraquejei a pensar no que aí vem. Ou é progresso ou respiração a fundo. Contínuo com a mesma cor.
0 Teardrops:
Post a Comment
<< Home