Wednesday, August 26

hoje preciso de tudo, menos de lume

Dunas que se movem e afastam e avançam, mais nítidas agora, logo depois de tão longe - umas vezes são o passado irremediável, o tempo perdido que em vão se procurou, mas outras vezes estão vivas e o meu presente tanto delas se alimenta que ele se torna mais tudo o que já foi e eu já fui, mais do que um agora, uma actualidade nova em folha. Por isso sei que o presente nunca é assim tão fresco, tão desprevenido, sem mancha, sem rugas, antes velho a renovar-se.
O meu presente envelhecido, o meu presente cheio de brumas, ao mesmo tempo novo, inquieto na busca, na busca antiquíssima.

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