"Não se distraia"
Sobre um modo de espera à vontade que trás o que foi, já não tenho como dar se não o que for. Presente que é conjugado no passado, abreviações que são ainda sem contacto. Um jornal que está a ser publicado e uma notícia que já passou. Palavras em atraso. E uma conferência anímica num comboio. Lisboa - Cascais
(semi-rápido)
Sobre um modo de espera à vontade que trás o que foi, já não tenho como dar se não o que for. Presente que é conjugado no passado, abreviações que são ainda sem contacto. Um jornal que está a ser publicado e uma notícia que já passou. Palavras em atraso. E uma conferência anímica num comboio. Lisboa - Cascais
(semi-rápido)
5 Teardrops:
sei bem, perfeitamente, do que falas mas não o consigo exprimir por palavras. Assim que esteja mais inspirado, voltarei aqui
olho para trás e vejo coisas que nao estão lá, ao estavam. Não posso tocar no passado mas encontro imagens diferentes de cada vez que o perscruto os dias que já foram - quantas vezes me pareceram mais felizes? faz-me acreditar que não reparo (se não em retroanálise) no que me rodeia, no tempo presente. Faz-me que tenho de arriscar tudo, que tenho de desafiar todos para que me possa sentir vivo. Faz-me acreditar que não posso, aqui e agora, ser feliz
chega!! que intromissão!
m.
juízo.
Esta tua prosa levantou polémica... Por mim, acho-a fabulosa. Discordo de que se viva no passado: recordá-lo é bom e deve até fazer-se, mas a vida é para a frente e é o presente que deve ser vivido, o dia a dia sem angústias do dia seguinte. Não sei como se consegue num comboio ter "uma conferência anímica": os estados de alma vêm mais ao de cima num local calmo à beira mar.
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