Sunday, January 25

Estou a meio de uma conversa simultânea com o meu consciente. Girona já é de noite, as pessoas não existem ao Domingo, sobram as ruas e uma cidade estrangeira que mal se ouve numa "siesta" prolongada com as horas que não encerram. Horas que ficam, horas que passam, horas que lembram... Ainda tenho uma mala por desfazer. Acho que gosto da imagem; da mala semi-aberta, da roupa por dobrar, daquilo que não vejo lá do fundo mas que no fundo lá está. Há um fecho e um passaporte por cima que um dia me fazem levantar em modo viajante e seguir viagem. Todos os comboios vão dar a Barcelona. Aqui Lisboa é fora do trajecto. Tem que se conhecer para encontra-la. Talvez por isso me chame tanto... Em tão pouco tempo aquela cidade é grande, é saudosista. Tira bocadinhos de mim que só lá me completaram de novo. Mas só de longe é que um quadro pode ser apreciado. Quantas mais horas forem passadas à sua frente é que conseguiremos dizer adeus ao porteiro do museu e prosseguir até termos vontade de visitar o próximo da cidade em que todos falam uma lingua diferente, e onde Lisboa será pequenina num postal cheio de eléctricos. Vou descruzar as pernas e deixar de falar em Janeiro. Só estou inconsciente.

1 Teardrops:

Blogger Unknown said...

Passa o tempo e continuo a perder-me nas palavras que espalhaste por aqui. Fabuloso.

1:35 AM, February 12, 2011  

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