vou com ela e vejo-te a atravessar a rua, numa corrida, é o teu jeito, a mão direita a segurar o lenço, a imprecisão a fugir, corro para ti e pergunto-te: você não é por acaso..., e calo-me, frente a uma cara que não conheço, sorrio numa desculpa e deixo que essa cara invada todo o corpo que me parecia o teu, até o tornar desconhecido,
como foi possível? : penso -- confundiste-o com quem? : pergunta ela
e eu não consigo dizer o teu nome, que é o nome de tanta gente, e também não consigo inventar-te um nome, e ficar calada a olhá-la, vamos : digo-lhe, e ela dá-me o braço, sem ternura nem ódio, e arrasta-me, no passo certo de quem não vai para lado algum, de quem não tem casa, nem hora de chegada, nem uma pessoa à espera, num passo que parece uma longa repetição, eu estou calada.
como foi possível? : penso -- confundiste-o com quem? : pergunta ela
e eu não consigo dizer o teu nome, que é o nome de tanta gente, e também não consigo inventar-te um nome, e ficar calada a olhá-la, vamos : digo-lhe, e ela dá-me o braço, sem ternura nem ódio, e arrasta-me, no passo certo de quem não vai para lado algum, de quem não tem casa, nem hora de chegada, nem uma pessoa à espera, num passo que parece uma longa repetição, eu estou calada.
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