Presságios
Ouve-me, por um instante.
Vou entrar com o renovar das esperanças, na lengalenga das repetições.
Não te importes.
Não consigo estudar. Quero, mas ocupaste-me por instantes. Assim! Não me ocorre uma palavra certa a condizer com o nosso pequenino universo. Eu não te deixei ir pró fundo... pois não? fui eu não fui? fui parte...? Ocorreu-me. Não deste pela minha ausência porque fui sempre embarcadiça. Em tudo. Houve uma altura em que tive para disistir, outra em que andei de pé atrás para o avanço do nosso jeito. Depois acabei por ser mar que te abraça os joelhos (espero que não com muita força), tremendo de tanta liberdade.
Adiante.
Estavas ali e a luz do meu quarto era pouca e ridicula para te assinalar os contornos.
E desafiavas-me com o teu sorriso sombreado de pouca luz.
Ficava de pé, em silêncio, atrás de ti, tentando perceber este cenário, estas palavras...
O coral terminou. Vês-me mas não te surpreendes. Olhamo-nos. Longamente. Sem uma palavra, abraças-me com toda a ternura do mundo. Quando te olho de novo pousas-me um dedo sobre os lábios e selas assim a minha curiosidade e a minha angústia. Continuas a abraçar-me e embalas-me como se o teu colo fosse um berço ou o ventre do meu mar.
Voltas-me as costas e segues com o som, ao ritmo de fundo.
Sento-me em sombras, na escuridão do quarto.
A liberdade que se ama só pode ter um rosto e uma forma de estar.
Pode mudar-se de sítio, olhar mensamente rios, tempestades.
O amor, tal como o entendi, deve ser assim: impossivel de prender-se. Mas porque o coração não se muda, o teu nome, meu amor, será rosto da minha fidelidade. Para sempre.
Assim.
Apenas. Como agora.
Discretamente na memória deste dia maduro em que me procuro e interrogo.
...
Ainda esbocei um vago protesto:
É para mim que partes? Eu nunca serei prisão de ninguém.
Sabe-lo muito bem.
- Novamente a tua mão silenciou-me a voz:
A minha liberdade, não tem pátria, nem razões.
Depois escreverei longamente e entenderás, como hoje.
Parabéns ao "nós", mais uma vez.
09/08.03.2007
Vou entrar com o renovar das esperanças, na lengalenga das repetições.
Não te importes.
Não consigo estudar. Quero, mas ocupaste-me por instantes. Assim! Não me ocorre uma palavra certa a condizer com o nosso pequenino universo. Eu não te deixei ir pró fundo... pois não? fui eu não fui? fui parte...? Ocorreu-me. Não deste pela minha ausência porque fui sempre embarcadiça. Em tudo. Houve uma altura em que tive para disistir, outra em que andei de pé atrás para o avanço do nosso jeito. Depois acabei por ser mar que te abraça os joelhos (espero que não com muita força), tremendo de tanta liberdade.
Adiante.
Estavas ali e a luz do meu quarto era pouca e ridicula para te assinalar os contornos.
E desafiavas-me com o teu sorriso sombreado de pouca luz.
Ficava de pé, em silêncio, atrás de ti, tentando perceber este cenário, estas palavras...
O coral terminou. Vês-me mas não te surpreendes. Olhamo-nos. Longamente. Sem uma palavra, abraças-me com toda a ternura do mundo. Quando te olho de novo pousas-me um dedo sobre os lábios e selas assim a minha curiosidade e a minha angústia. Continuas a abraçar-me e embalas-me como se o teu colo fosse um berço ou o ventre do meu mar.
Voltas-me as costas e segues com o som, ao ritmo de fundo.
Sento-me em sombras, na escuridão do quarto.
A liberdade que se ama só pode ter um rosto e uma forma de estar.
Pode mudar-se de sítio, olhar mensamente rios, tempestades.
O amor, tal como o entendi, deve ser assim: impossivel de prender-se. Mas porque o coração não se muda, o teu nome, meu amor, será rosto da minha fidelidade. Para sempre.
Assim.
Apenas. Como agora.
Discretamente na memória deste dia maduro em que me procuro e interrogo.
...
Ainda esbocei um vago protesto:
É para mim que partes? Eu nunca serei prisão de ninguém.
Sabe-lo muito bem.
- Novamente a tua mão silenciou-me a voz:
A minha liberdade, não tem pátria, nem razões.
Depois escreverei longamente e entenderás, como hoje.
Parabéns ao "nós", mais uma vez.
09/08.03.2007
2 Teardrops:
Amar é uma entrega difícil de controlar... O controlo pelo descontrolo. No amor não há lógica, não há regra. Há sim entrega. Alegria e sofrimento. O amor é fudido!
Mas que belas reflexões (que também a mim me fazem reflectir, inevitavelmente...) andam aqui nesta água salgada!
Obrigada pelo comentário catharina. :)
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