Thursday, March 1

Tira a venda

Li-te um dia, num sopro...
Mais tarde, fiquei nos lábios com o gosto docedas reticências
com que me escreveste. Ou que julgo me teres escrito, com tinta preta... Ou foi branca? O branco é nada daí eu não exisitir realmente. Mas também é paz, é sossego... é lembrança. E nós somos qualquer vela que acende os primeiros raiares do sol da pequena ilha onde ninguém habita. Somos as velas do batel, da caravela do rio. Estamos constantemente a atrevassar o silêncio da vida sem os olhos tapados e um dia retiramos o pano branco dos olhos lançando ao mar a vela que nos irá murmurar a travessia.
E no meio de tanto mar...
Eu sei que te vais perder, que me vou perder. Que um dia ou outro nadaremos para o lado de lá do nada para parar o tempo que nunca houve sem nós. E que mais tarde te irei buscar de novo, sem barco ou com barco e que mais tarde tu correrás de novo, com esperança, sem certeza, de volta para os meus braços. E mesmo que escondida, mesmo que deserta, mesmo que sem ti; contigo... dançei.... amei... E um dia, quando voltares, quero regressar (porque para mim já "somos" e nada muda o que fomos e nos tornamos porque é assim que gosto e aprendi a gostar de ti) e dançar.

3 Teardrops:

Anonymous Anonymous said...

you have my heart.

1:43 PM, March 02, 2007  
Blogger Nell'amore said...

A maneira como transmites os teus sentimentos em tão poucas palavras é cativante.
Gostei muito deste blog, palavras comoventes, e inspiradoras
Bjs

11:31 PM, March 06, 2007  
Blogger Nell'amore said...

A maneira como transmites os teus sentimentos em tão poucas palavras é cativante.
Gostei muito deste blog, palavras comoventes, e inspiradoras
Bjs

11:38 PM, March 06, 2007  

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