Wednesday, February 14

« Raquel dos cabelos ruivos encaracolados. Raquel das histórias inventadas sem fim. Raquel das paixões desesperadas que logo me contava como quem se confessa e eu sem poder fazer o que quer que fosse senão continuar encantado pelos seus cabelos como serpentes. Raquel enraivecida com a vida que não levava. Subitamente triste, subitamente alegre, sem qualquer intervalo vazio. Raquel ao piano a cantar, my baby only cares for me. Raquel encostada na parede do fundo, as pernas dobradas a rir-se de mim, animal ferido de morte. A minha princesa judia que tudo levou mas que antes de tudo levar me deu o que tinha, mesmo o prazer, o mais fugidio. Raquel a dizer que me amava mas só sentia desejo por raparigas. O bom gosto das raparigas.»

Raquel era uma princesa chamada Sahra.
Ou seja nada.


(Valentim.
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