Tuesday, November 14

Um lamento

Fim de semana, domingo

Dia mais propriamente finalizado. Estou naquele parametro em que olho para o lado de lá da janela e vejo o fim da tarde. Acabado ainda não, mal acabado mas ainda não, no fim e está uma luz bonita. Tive contigo à umas horas e pouco tempo. Foi mais um fim de semana. Aliás, estou contigo a tempo inteiro desde quinta dia da greve dos funcionários públicos lá de fora. E sorriste o tempo todo. De facto não ando com muita vontade de sentar-me a ouvir o professor. Não é que não seja costume ter mas a ida à escola estes dois meses passados tem me sido indiferente como se não existisse parte dela já, se não os comprimentos aos colegas do liceu e actualizar o pensamento pré-constituido do aluno. Enfim, crises (ou não) da adolescência.
Ultimamente a minha a vida é nas ruas de Lisboa. Engraçado, eu que não vivo sem a parceria do cheiro a maresia.
Tenho chegado a horas tardias a casa ao ponto de aborrecer de vez em quando a mãe. Tenho planeado os meus almoços nos Armazéns do Chiado e à tarde tenho idas à fnac e passeios pelo Bairro organizados no própria dia. Trabalhei horas e horas e faz à menos de uma semana que me "desempreguei". Foi só um tempo que retirei de mim para conseguir o meu pocket-money sem ter que andar às remessas e a pedir a qualquer membro familiar mais próximo. Nunca me senti tão independente com tantos planos e desorganização na minha vida ao mesmo tempo. Portanto as coisas até me têm corrido bem mas por fazer. Depois vem a parte nocturna. São horas a fio nas esquinas e nas ruas povoadas do Bairro Alto. Sexta, Sábado e excepções como vésperas de feriado ou uma ida ou outra não muito tardia com os meus habituais companheiros. Já vou conhecendo vozes e as caras deixam de ser estranhas... Por vezes até já me cumprimentam e fazem conversa não provisada à porta de um bar habitualmente frequentado. Seja ele qual for. Este fim de semana rejeitei-me.

Deixei para trás o orgulho que dizes ter à medida que me vão querendo conhecer e fiquei do outro lado da cidade, mais à beira das enconstas da maré. Tens vindo cá visitar-me sempre que podes ou então porque não queres ficar por de trás de uma porta a 7chaves no teu apartamento. Fico contente por estarmos felizes. Não tem havido stresses e gosto de estar ao teu lado. Até tenho vindo a dormir 10/9horas ultimamente; sabe bem ser saudavel. E gosto de ti, muito. Fizemos dois anos e um mês precisamente na quinta feira passada e celebramos de uma forma tão meiga, tão nossa... Foi autenticamente natural e peço desculpa estar a relembra-la, só que aquela nuvem negra sobre nós e a chuva quando te entreguei o livro "Espero por ti em Paris" sob a vista do Adamastor perante o tejo soube-me optimamente. Assim derepente os hippies lá da zona e o cheiro a coisas que te fazem (fizeram) viajar para locais diferentes e menos aborrecidos desapareceu. Ficamos nós, e sorris-te.
Enfim. Esta semana que vem, amanhã... vou tentar organizar-me e portar-me melhor quanto à escola. Tem de ser. Mas o não ter que ser também faz parte do ter de ser. E se tiver de ser ainda contribui mais para o meu agrado de viver estes poucos dias que temos connosco enquanto tivermos no liceu. Seja em Cascais, em Lisboa. Só tenho de ir em frente e ver-te sorrir para que os dias corram bem. O resto não planeio, deixo vir, e tenho vindo a sentir-me melhor; sentido que tenho dado mais valor a mim, mais tempo para me analisar.
Só falta a pesquisa. O resto sorris.

- 12 de Novembro, no chão,
L word, com o aquecedor atrás das costas.

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