Espero por ti,
Paris,
daqui a uns anos, mais tarde.
Torre Eiffel como cenário, centro do mundo, vista dos visitantes.
Passeiam-se, pessoas, passeiam-se. Visitam, observam, caminham, procuram e deixam-se levar.
Banco, temos um banco sujo como palco do evento. Também palco, há mais que faz parte. Estou sentada a olhar. Rodeiam-me. Sinto, o movimento rodeia-me. Tu estás a chamar as crianças. Estás feliz com elas, sejam quantas forem. Um, dois pequenos. Três de fim... ainda sou passado, não tenho certezas só questões. Sorris para elas. Sorri-o para voçês. Ainda não sei bem se me estás a ver, se estás comigo, se nos pertencem. Se te estou a olhar de uma plateia. Ainda não sei nada de nada. Mas vejo-te ao longe. De perto ao longe, de longe de longe. Questiona-me a dúvida.
Ao encontrar-te... ao encontrar-te o que é que acontece depois? Presinto ânsia de te cheirar de novo, de reencontrar aquele teu odor que me tem vindo acompanhar até hoje. Nesse futuro, nesse banco. Mas e depois se já não te tenho? Esclareço a dúvida. Cheiro-te na mesma. Mesmo que não queira. Tu passas e deixas vestígio daquele frasco vermelho com que te conheci embanhado e que até numa data especial to ofereci a lembrar horas de compromisso: "What time is love?", lia-se. O teu sorriso vai-se manter fiel até à data. Infidelidades dizem fazer parte de uma relação longa por vezes, mas ele não, vai ser teu companheiro para mante-las.
Tens uma boca bonita, devias deixar de fumar.
Cruzo a perna agora que mudas de posição. Esperguiço-me e desleixadamente deixo-me escorregar pelo banco mantendo um ar descontraido perante o país estrangeiro. Se soubesses a quantidade de coisas que podia escrever numa folha branca acerca das minhas especulações perante um futuro a dois, ou um ver daqui a uns anos breves, não fazias ideia da ansiedade que tenho para com a espera que me obriga a questionar e a crescer, só um bocado, para lá chegar um dia sem dar por isso.
Estamos à procura de sítios que nos confortem. Não são de todo longínquos, não são. Mas também de longe são parecidos com Portugal, com a cidadezinha de Lisboa, com a nossa terra natal. São lugares em que procuramos conhecer aventura, ar fresco e arredores. Queremos explorar-nos conhecendo, atravessando, explorando o mundo. De mãos dadas ou não... temos encontro marcado. Repentinamente, num café muito europeu (até pode não ser na nossa Europa) da-mos conta do característico final de tarde a fechar com uma luz exuberante dos últimos raios de sol que atravessam as pedras da calçada.
L.A, Espanha, Milão, longe, Paris...
'Espero por ti em Paris.
09 de Novembro, 2006
- 2 anos e 1 mês de união.
daqui a uns anos, mais tarde.
Torre Eiffel como cenário, centro do mundo, vista dos visitantes.
Passeiam-se, pessoas, passeiam-se. Visitam, observam, caminham, procuram e deixam-se levar.
Banco, temos um banco sujo como palco do evento. Também palco, há mais que faz parte. Estou sentada a olhar. Rodeiam-me. Sinto, o movimento rodeia-me. Tu estás a chamar as crianças. Estás feliz com elas, sejam quantas forem. Um, dois pequenos. Três de fim... ainda sou passado, não tenho certezas só questões. Sorris para elas. Sorri-o para voçês. Ainda não sei bem se me estás a ver, se estás comigo, se nos pertencem. Se te estou a olhar de uma plateia. Ainda não sei nada de nada. Mas vejo-te ao longe. De perto ao longe, de longe de longe. Questiona-me a dúvida.
Ao encontrar-te... ao encontrar-te o que é que acontece depois? Presinto ânsia de te cheirar de novo, de reencontrar aquele teu odor que me tem vindo acompanhar até hoje. Nesse futuro, nesse banco. Mas e depois se já não te tenho? Esclareço a dúvida. Cheiro-te na mesma. Mesmo que não queira. Tu passas e deixas vestígio daquele frasco vermelho com que te conheci embanhado e que até numa data especial to ofereci a lembrar horas de compromisso: "What time is love?", lia-se. O teu sorriso vai-se manter fiel até à data. Infidelidades dizem fazer parte de uma relação longa por vezes, mas ele não, vai ser teu companheiro para mante-las.
Tens uma boca bonita, devias deixar de fumar.
Cruzo a perna agora que mudas de posição. Esperguiço-me e desleixadamente deixo-me escorregar pelo banco mantendo um ar descontraido perante o país estrangeiro. Se soubesses a quantidade de coisas que podia escrever numa folha branca acerca das minhas especulações perante um futuro a dois, ou um ver daqui a uns anos breves, não fazias ideia da ansiedade que tenho para com a espera que me obriga a questionar e a crescer, só um bocado, para lá chegar um dia sem dar por isso.
Estamos à procura de sítios que nos confortem. Não são de todo longínquos, não são. Mas também de longe são parecidos com Portugal, com a cidadezinha de Lisboa, com a nossa terra natal. São lugares em que procuramos conhecer aventura, ar fresco e arredores. Queremos explorar-nos conhecendo, atravessando, explorando o mundo. De mãos dadas ou não... temos encontro marcado. Repentinamente, num café muito europeu (até pode não ser na nossa Europa) da-mos conta do característico final de tarde a fechar com uma luz exuberante dos últimos raios de sol que atravessam as pedras da calçada.
L.A, Espanha, Milão, longe, Paris...
'Espero por ti em Paris.
09 de Novembro, 2006
- 2 anos e 1 mês de união.
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