Coisas soltas...
(16 de Março)
Estás de volta ao teu refúgio. Não te refugias. Prendes-te ao tempo como àguas passadas. Ali estás, na tua praia. De regresso à maresia. Amiga, companheira sempre notável em cada ponta salgada do teu cabelo. És refúgio, abrigo. Guardas coisas ai dentro de ti que nem a areia se dá ao trabalho mesmo levando com os ventos do norte. Brusquidão de franqueza. Não tens nome. Quando te chamo é por aquele nosso apelo divagado pela deslumbração do instante. Expontaneadade do momento completam-nos as asneiras ou os sorrisos cortados naquele empurrão em plena beira-mar. Sabes que eu te vigio, tu sabes, porque se não não me olhavas daquela maneira tão discretamente linear. A tua miragem torna-se instável devido à minha inquietação constante. Sabes lá o par de velharias que já juntei desde que nos prometemos permanecer de palavras quietas. E o conjunto de reflexões depois daquele teu cheiro me ter comprimentado numa visita breve em pleno abandono, só para me desconcentrar a tendência vislumbrante da vida solitária. - E eu que já me julgava poder mendigar pelas poças do mundo... Desgraça para ti essência do meu sopro.
Aqui no muro, a praia vai-se desfocando nitidamente e, sem querer, um ponto branco que circula por vagas e ventos que realçam a surpresa de me ter arriscado pela tua miragem, é o foco da minha desconcentração.
Estás de volta ao teu refúgio. Não te refugias. Prendes-te ao tempo como àguas passadas. Ali estás, na tua praia. De regresso à maresia. Amiga, companheira sempre notável em cada ponta salgada do teu cabelo. És refúgio, abrigo. Guardas coisas ai dentro de ti que nem a areia se dá ao trabalho mesmo levando com os ventos do norte. Brusquidão de franqueza. Não tens nome. Quando te chamo é por aquele nosso apelo divagado pela deslumbração do instante. Expontaneadade do momento completam-nos as asneiras ou os sorrisos cortados naquele empurrão em plena beira-mar. Sabes que eu te vigio, tu sabes, porque se não não me olhavas daquela maneira tão discretamente linear. A tua miragem torna-se instável devido à minha inquietação constante. Sabes lá o par de velharias que já juntei desde que nos prometemos permanecer de palavras quietas. E o conjunto de reflexões depois daquele teu cheiro me ter comprimentado numa visita breve em pleno abandono, só para me desconcentrar a tendência vislumbrante da vida solitária. - E eu que já me julgava poder mendigar pelas poças do mundo... Desgraça para ti essência do meu sopro.
Aqui no muro, a praia vai-se desfocando nitidamente e, sem querer, um ponto branco que circula por vagas e ventos que realçam a surpresa de me ter arriscado pela tua miragem, é o foco da minha desconcentração.
1 Teardrops:
Gostei da prosa, das imagens escolhidas. Não sei porquê a pessoa que retratas parece-me uma cópia tua!!! "sabes lá o par de velharias que já juntei desde que nos prometemos permanecer de palavres quietas". Muito bonito!
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