Silêncio dos Inocentes

Acreditámos que a sol não se sobrepunha ao abandono real de uma lágrima combatente asiática até ao dia em que um mar bravo, furioso, sem razão, infringe as leis do desespero.
A tristeza recriou o seu caminho no meio de um amor uma vez encontrado, destruido pela mágoa de inúmeras vitimas. Morreram, desapareceram, fugiram e a vida deixou de fazer sentido.
Quando um vagalhão de tamanho reconhecido por tsunami se abrangiu aos olhos destas pessoas, a dor foi tanta que só me permite silenciar o sofrimento pelo qual, neste instante, estão a passar. Um silêncio inocente.
Pessoas fracas tornam-se hostis ou passivas. Ambas são indesejáveis. Precisamos de sentir que nos ouvem e que é feita justiça, quando achamos que somos tratados injustamente. Negociar a solução de disputas, quando as acções de uma onda gigante impedem outros de alcançar o seu objectivo. É um conflito de sobrevivência.
Vou continuar a vaguear nas ondas do desespero ( que este globo permite sem vergonha ) enquanto espero uma certa paz ser reencontrada.

Vou mandar um s.o.s ao mundo...